Dez anos após sua criação, o
projeto Viva Guaíba retomou suas atividades com o objetivo de defender o lago
Guaíba, que banha a capital gaúcha e outras cidades da Região Metropolitana.
Uma das razões deste retorno é a possibilidade de a extração de areia do lago
voltar a ser autorizada pela Justiça, justamente após a tragédia em Mariana/MG,
causada por atividades de mineração.
O comunicado do retorno às
atividades foi feito pelo presidente do Viva Guaíba, Rafael Schuch Barcellos,
no dia 20 de janeiro, durante passeio no barco Cisne Branco, que neste dia
navegou até a Zona Sul de Porto Alegre com mais de cem pessoas que participaram
de aula pública sobre o Guaíba com o ex-presidente da Agapan Francisco Milanez
e o ex-secretário municipal do Meio Ambiente Beto Moesch.
Na ocasião, o presidente do Viva
Guaíba explicou que três dos rios que formam o Guaíba estão entre os dez mais
poluídos do país, o que é muito preocupante. Ao tratar das diferenças entre o
processo de mineração de ferro, como em Mariana, e o de areia, realizado
anteriormente no Guaíba, destacou que se sabe que existem empresas de borracha
despejando mercúrio no lago e que extrair areia aumentaria o risco de suspender
esse e outros metais pesados, pois não existe tratamento que os retire da água.
O que é o Viva Guaíba?
Diferente do Guaíba Vive, que é
um projeto do município de Porto Alegre, o projeto Viva Guaíba é uma iniciativa
da sociedade civil, criada em 2006 através da união de ONGs, entidades
protetoras do meio ambiente e cidadãos gaúchos contrários à possibilidade de se
autorizar novamente a extração de areia nas águas do Guaíba. O movimento teve
início após a revista Portynho (que circulava na Zona Sul de Porto Alegre)
divulgar a realização de uma reunião extraordinária, convocada pelo Conselho
Estadual de Meio Ambiente (Consema), para tratar do assunto.
Mais
informações em www.vivaguaiba.eco.br
