Mais de 100 anos após suas invenções, Padre Landell de Moura ainda não
recebeu reconhecimento merecido
Um ano
após a comemoração dos 150 anos de seu nascimento, que deram início ao
reconhecimento oficial da obra de Roberto Landell de Moura, padre e cientista
porto-alegrense falecido há 86 anos, as invenções do religioso que é
considerado o "pai do rádio" no Brasil, deram mais um passo para
fazer parte do currículo escolar com a realização de curso sobre a vida e a
obra de Landell destinado a professores, promovido pelo Instituto Histórico e
Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRGS). Curiosamente, em seu país e também em
sua cidade natal, Porto Alegre, Padre Landell de Moura, considerado o
primeiro homem a transmitir a voz humana sem fio com sucesso e patrono dos
radioamadores brasileiros, ainda não tem muito espaço também nas escolas.
"Um homem desta natureza, formação e personalidade não pode passar
despercebido pelas novas gerações", destacou o presidente do IHGRGS,
Miguel do Espírito Santo, para que a trajetória do inventor serve de incentivo
aos jovens interessados em ciência e pesquisa.
Além de
patentear o rádio no Brasil e nos Estados Unidos há mais de 100 anos e ser
pioneiro em transmissão radiofônica, Padre Landell projetou aparelhos para
transmissão de imagem que mais tarde seriam conhecidos como televisores e
estudou o uso de luz para envio de mensagens (princípio das fibras óticas).
Apesar de todos estes inventos, o religioso só começou a receber o
reconhecimento merecido em 2011, com a inclusão de seu nome no Livro dos Heróis da Pátria, por
meio de lei federal, e a denominação de uma rua no bairro Hípica com seu nome,
a Rua Padre Roberto Landell de Moura, entre outras homenagens, como um selo dos
Correios. Por desconhecimento, grande parte dos porto-alegrenses acreditavam
que ele já havia sido homenageado há décadas com os nomes de duas vias da Zona
Sul, a Rua Landell de Moura (que na verdade homenageia seu irmão Ricardo,
farmacêutico pioneiro do bairro Tristeza) e a Avenida Vereador Roberto Landell
de Moura (homenagem a um sobrinho do padre e filho do farmacêutico Ricardo).
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