O dia 31 de janeiro
foi de apreensão para os usuários da Unidade Básica de Saúde (UBS) Guarujá que
aguardavam atendimento antes da abertura, às 7h. O dia era de agendamento
clínico para 50 pessoas, além da distribuição, para o dia, de seis fichas para
clínico geral e duas para ginecologista. Mas quem estava no local, um deles
desde as 3h da madrugada e no 3º dia de espera tentando conseguir atendimento,
não sabia se haveria atendimento. No dia anterior, um morador da região que não
queria aguardar até as 8h, hora em que começa o agendamento, tirou uma faca do
bolso, assustando usuários e funcionários, e ameaçou utilizá-la em alguém caso
não fosse atendido. Depois, mais calmo, ele foi embora, mas deixou a
insegurança no ar. Funcionários do posto de saúde, assustados, atenderam
somente agendamentos e solicitaram a presença da Guarda Municipal para abrir a
unidade no dia seguinte.
Na manhã do dia 31, mais de 20 pessoas aguardavam a abertura, às 7h,
quando chegaram os funcionários, mas sem a presença da Guarda Municipal, que
chegou cerca de 40 minutos depois para acompanhar o agendamento. Apesar do
atraso dos guardas municipais, a UBS foi aberta no horário normal, mas com uma
certa preocupação. Enquanto funcionários se sentem ameaçados por alguns
usuários mais exaltados e se sentem expostos (teriam pedido inclusive que o
balcão de atendimento fosse fechado, solicitação que não foi atendida até o
momento), os moradores reclamam, principalmente, da dificuldade de receber
atendimento. Além da falta de um clínico geral, um problema crônico do posto,
em função das férias não está sendo disponibilizado atendimento de pediatria e
dentista, piorando a situação. Na ocasião, o presidente da Associação
Comunitária de Moradores e Amigos da Zona Sul de Porto Alegre (Acomazs), José
Paulo Barros, após conferir a abertura da UBS nesse dia, falou com os moradores
sobre o abaixo-assinado que está sendo realizado a fim de pedir mais um médico
para suprir esta carência da Unidade de Saúde Guarujá e também a troca de
postes de madeira na região por outros de concreto, duas entre muitas demandas
da comunidade.
Por enquanto estamos assim, enquanto aguarda-se uma solução por parte do
poder público: falta de médicos para atender a demanda da comunidade dos
bairros Guarujá, Espírito Santo e Serraria aliada à insegurança dos
funcionários em relação a alguns usuários que, nervosos com a demora no
atendimento ou falta de médico para lhes atender, acabam descontando em quem
nada pode fazer.
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