Tema foi assunto em reuniões do Dmae com a comunidade
que trataram também de outros temas, como a recuperação do Arroio Capivara
Em duas reuniões realizadas em junho,
moradores do bairro Guarujá (no dia 11) e do Ipanema (dia 24) receberam
informações do diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae),
Flávio Presser, e de outros integrantes da equipe do órgão, sobre o Programa
Integrado Socioambiental (Pisa) e o Zona Sul: Eu Curto. Eu Cuido. O impasse
entre Dmae e Fepam em relação à redução de mil metros no comprimento do
emissário que levará o esgoto para o Guaíba após o tratamento e as dúvidas da
comunidade em relação à possibilidade de problemas de saúde da população por
conta da alteração do projeto da Estação de Tratamento de Esgoto Serraria - ETE
(em fase de conclusão) motivaram reunião, em 11 de junho, no salão paroquial do
Santuário de Santa Rita de Cássia, no Guarujá. Presser explicou que,
inicialmente, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) autorizou que a
tubulação avançasse 2,6 quilômetros, mas o Dmae solicitou a redução para 1,6
quilômetro, o que a Fepam não autorizou.
Além da reportagem de O Jornalecão, participaram do encontro moradores e
líderes comunitários da região e integrantes da Associação Comunitária de
Moradores e Amigos da Zona Sul de Porto Alegre (Acomazs), interessados em
entender os motivos da alteração. O diretor-geral do Dmae, Flávio
Presser, apresentou o projeto, explicando os motivos que levaram o órgão a
reduzir em mil metros o comprimento da tubulação que lançará no Guaíba a água
após a purificação, e relatórios de 2012 que indicam praticamente os mesmos
resultados com as duas metragens de tubulação. Segundo ele, não há qualquer
possibilidade de risco, pois o esgoto tratado, após entrar na zona de mistura
(que pode chegar a 800 metros de extensão), já se tornará balneável. O titular
do Dmae lembrou que hoje o esgoto que é despejado indevidamente no Arroio do
Salso vai diretamente para o Guaíba e, após o início da operação da nova
estação, será tratado, o que por si só já trará melhorias. O diretor-geral
destacou ainda a economia de R$ 30 milhões em caso de redução da tubulação,
quantia suficiente para pagar os custos de operação da ETE por cerca de 18
meses.
Quanto às divergências em relação à metragem do emissário
entre o Dmae e a Fepam, Presser acredita que se deram por objetivos diferentes,
pois “eles são vigilantes da natureza, e nós somos uma empresa que trata água e
esgoto”. O titular do Dmae procurou tranquilizar a comunidade, explicando que a
nova estação de tratamento não deverá causar problema de mau cheiro relatado
por moradores vizinhos, pois será toda coberta, o que não acontece na atual
estação, e também pelo fato de a nova ETE utilizar um processo diferente da que
esta em operação atualmente e será desativada no futuro.
Situação do
Arroio Capivara preocupa
Na reunião do dia 24, o impasse entre
Dmae e Fepam não foi o principal assunto. E, apesar do interesse da comunidade
por detalhes do Zona Sul: Eu Curto. Eu Cuido e do Pisa, entre outros assuntos,
a questão do Arroio Capivara foi a que teve maior preocupação demonstrada por
moradores presentes. Os alagamentos causados pelo extravasamento do arroio,
como os que causam interrupção no trânsito da Avenida Tramandaí; a falta de
consciência de pessoas que jogam no Capivara animais mortos e eletrodomésticos,
entre outros; a situação dos moradores que vivem em situação de risco às suas
margens; e a necessidade de ligação das residências diretamente na rede de
esgoto cloacal, para não poluir o arroio e, em consequência, o Guaíba,
estiveram entre os assuntos tratados.