Obras realizadas
em décadas anteriores não conseguiram evitar maior alagamento na história do
bairro
Guilherme Cruz / O Jornalecão
Pela primeira vez após a canalização,
Arroio
Guarujá transbordou perto de sua foz
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Com a cheia do Guaíba (a maior
desde a enchente de 1941), muitos locais ainda seguem alagados e ainda sob
risco devido à possibilidade de mais chuvas. A situação varia, com a altura das
águas do lago aumentando ou diminuindo, com casas parcialmente atingidas e
outras alagadas. Um dos mais atingidos é o bairro Guarujá, os 14 dias de
alagamento (até 25 de outubro) já é o maior período já registrado, com dezenas
de moradores necessitando utilizar barcos ou botas para sair e entrar em casas.
A enchente lembra as do século 20, com a diferença de que o alagamento atual
aconteceu após as grandes obras finalizadas nos primeiros anos após o ano 2000,
com a canalização do Arroio Guarujá e a macrodrenagem na Rua Jacipuia, executados
com o objetivo de evitar estes transtornos. Geralmente, o escoamento é o
suficiente para evitar alagamentos, mas em casos de represamento das águas do
Guaíba foi verificado alagamento em partes das ruas Jacipuia e Oiampi.
Gustavo Cruz / O Jornalecão
Representantes da Prefeitura vistoriaram
o local
e prestaram solidariedade à comunidade
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As equipes da Prefeitura estão
verificando a situação em diversos locais e, na manhã de 23 de outubro, o
prefeito José Fortunati, o vice-prefeito Sebastião Melo, técnicos da Prefeitura
e outros integrantes da gestão municipal (entre os quais, o diretor-geral do
DEP, Tarso Boelter) conferiram in loco
a situação do alagamento no bairro Guarujá, que atinge partes das avenidas
Guaíba e Orleans e das ruas Jacipuia, Oiampi e Guenoas, além do Parque Guarujá
– Zeno Simon.
Guilherme Cruz / O Jornalecão
Moradores
tiveram dificuldades de sair de casa desde o feriado de 12 de outubro |
Na Vila Santina, localizada às
margens do Guaíba, para seis famílias que tiveram as casas completamente alagadas,
a Prefeitura ofereceu a alternativa do aluguel social. Quanto aos demais
moradores do local e de outras áreas atingidas, a solução foi esperar as águas
baixarem (o que aconteceu no dia 25) e esperar que cheias deste tipo não se
repitam. No entanto, com a possibilidade de mais chuva a partir de 27 de outubro, a
população segue em alerta.
A princípio, não há previsão de
novas obras de drenagem na região, já que estas dependem de financiamento e de
planejamento de médio e longo prazo. E são muitos os locais da cidade que
necessitam de atenção em relação aos alagamentos. “Nós temos aí, no mínimo, 20
ou 30 lugares que nós vamos ter que sentar agora com o planejamento urbano, com
a Smurb, com o DEP, a sua equipe... Temos que planejar as obras, porque não
temos recursos disponíveis para cada obra. São muitas obras de médio e longo
prazo”, explicou o vice-prefeito Sebastião Melo.
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