Aviões produzidos em Porto Alegre poderão patrulhar fronteira

                                                                                                                                           Divulgação

Ximango foi oferecido ao Governo do Estado para reforçar a 

segurança nas cidades, nas fronteiras e para combater o abigeato

Eles custam cerca de 10% do valor de um helicóptero e são ideais para missões de patrulhamento, conforme declarações do então Secretário da SENASP, órgão do Ministério da Justiça que coordena as secretarias de Segurança estaduais; além do monitoramento de cidades e estradas, estão sendo cogitados para patrulhar fronteiras como as do Rio Grande do Sul, missão essencial para coibir a entrada de drogas e contrabando e o roubo de gado, levado para o Uruguai pela extensa fronteira  seca. Produzido em fibra de vidro e carbono para reduzir o custo de manutenção, o Super Ximango AMT-200S O, modelo mais atual produzido e homologado pela empresa porto-alegrense Aeromot Indústria Mecânico-Metalúrgica Ltda, com equipamentos de visão noturna importados de Israel e Estados Unidos, capta, registra e transmite imagens em tempo real para estação de terra e desta, sempre instantaneamente, para qualquer ponto da terra. Esta capacidade de patrulhamento dia e noite, voo silencioso, seguro e extremamente econômico (menos de um décimo do custo operacional de helicópteros) o torna um forte candidato a patrulhar também áreas que são alvo de abigeatários. Há uma proposta de compra de dez aviões em análise pelo Governo do Estado, a um custo total de 5% do prejuízo anual causado pelo roubo de gado em nosso Estado. Com autonomia de voo de 7 horas, sem contar o tempo que pode planar com o motor desligado, o motoplanador pode seguir, por exemplo, uma viatura em fuga após assalto a banco, informando o pessoal em terra da rota da mesma. E tudo desenvolvido, testado, homologado e fabricado em Porto Alegre, produto portanto brasileiro e gaúcho de baixíssimo custo e grande eficiência.

Fundada há 47 anos para fazer a manutenção de aviões e produzir poltronas para a aviação comercial, a Aeromot começou a produzir motoplanadores (aviões pequenos que funcionam com motor ligado ou desligado) em 1985 e, nestes quase 30 anos, já forneceu modelos para a Força Aérea norte-americana (treinamento de cadetes) e também para a Polícias Militares da Bahia, Pará e Paraná, que utilizam as aeronaves para patrulha e treinamento de pilotos. A Brigada Militar gaúcha foi a pioneira no uso do primeiro modelo da versão Patrulha. A Polícia do Estado de Alabama os emprega até como cobertura de missões de sua SWAT, grupo especial fortemente armado. A empresa, que também já produziu poltronas blindadas para helicópteros do Exército Brasileiro, exportou Ximangos para 15 países até o momento, sendo o principal cliente os Estados Unidos. Outra conquista da Aeromot, que é presidida pelo engenheiro aeronáutico Claudio B. Viana, é a próxima fabricação de um de seus modelos por uma fábrica chinesa, prevista para 2015.