Confira mais detalhes sobre os
assuntos tratados na reunião da comunidade do Ipanema com representantes do
Município e da Brigada Militar, no dia 20 de maio, durante o Fórum de Cogestão
em Serviços da Região Sul. Além das informações abaixo, para saber mais sobre a
reunião, leia a reportagem sobre a reunião e a pauta do encontro no link http://ojornalecao.blogspot.com.br/2013/05/forum-busca-solucoes-para-problemas-do_4930.html
- Problemas na iluminação pública
Moradores que pediram a palavra
na reunião relataram problemas com a iluminação dos postes. Um deles informou
que um trecho da Avenida Guaíba, entre as ruas Déa Coufal e Leblon estava sem
luz há uma semana e que não é a primeira vez que isso acontece – um outra
ocasião, o trecho ficou dois meses às escuras. Outros participantes relataram o
mesmo problema no trecho da Avenida Guaíba entre a Avenida Flamengo e a Rua
Leme e, também na Rua Comendador Castro. O secretário Mauro Zacher, da
Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), informou que a Divisão de
Iluminação Pública (DIP) está estudando uma nova iluminação que possibilite que
os cidadãos utilizem o calçadão com mais segurança.
- Brigada continuará com ações contra o som alto dos
carros
O comandante da 4ª Cia do 1º BPM,
capitão Fábio Kuhn, destacou que a ações da Brigada Militar em favor da preservação
do sossego público terão continuidade, agindo contra a poluição sonora e demais
delitos, como tráfico de drogas, veículos roubados, etc. “Agindo de forma
enérgica e constante, desde que começamos trabalho forte, deu uma melhorada.
Creio que ainda haverá mais melhorias”, destacou o comandante.
- Falta de acostamento para pedestres
Reclamações quanto à falta de
calçamento na Rua Déa Coufal, dificultando que os pedestres caminhem em alguns
trechos. A Smov informou que vai avaliar a possibilidade de fazer o
acostamento.
Outro problema semelhante
relatado refere-se à Avenida Coronel Marcos, que na verdade tem cara de
estrada, pois não tem calçamento em quase toda a sua extensão. Em relação a
esta avenida, em nome da EPTC, Carlos Pires informou que as faixas de pedestres
serão repintadas.
- Falta de recuo para ônibus tranca trânsito na
Avenida Cavalhada
Outro problema de trânsito
refere-se à falta de recuos para as paradas de ônibus nos dois quilômetros
finais da Avenida Cavalhada, o que torna o trânsito lento, por ser em uma pista
em cada sentido, a cada vez que o ônibus para a fim de que passageiros
embarquem ou desembarquem. Carlos Pires, da EPTC, informou que será verificado
junto à Smov a viabilidade de implementar estes recuos para ônibus.
- Pedidos de mais cuidado com praças
Um dos problemas relatados foi o
“abandono” das praças do bairro Guarujá. Já em relação ao Ipanema, foi citada a
falta de atenção quanto à Praça Senador Alberto Pasqualini, em frente ao
Santuário de Nossa Senhora Aparecida. O paroquiano Juarez Pereira reclamou que,
até aquele momento, três pedidos feitos ao 156 em 2013 não tiveram sequer
resposta. Quanto à festa da padroeira em outubro de 2012, ele reclamou que
tanto a EPTC quanto a Smam teriam ignorado os pedidos feitos antes do evento, o
que nunca tinha acontecido em 50 anos.
- Manutenção do Trapiche do Fausto
Uma das preocupações da
comunidade, a manutenção do Trapiche do Fausto, deverá receber uma atenção
especial. O secretário da Smov prometeu já para o dia seguinte que a divisão da
Zona Sul iniciaria os reparos ao trapiche.
- Alagamentos no Arroio Capivara
Segundo relato de moradores, algumas
taquareiras que caíram no Arroio Capivara estão contribuindo para os
alagamentos porque não foram retiradas, apesar dos pedidos. Uma das sugestões
dadas para evitar os históricos alagamentos na Avenida Guaíba, por conta do
transbordamento do Capivara, é ampliar a ponte. Quanto ao desassoreamento do
arroio, ainda não há previsão por falta de um local para colocar a lama
contaminada.
- Ambulantes
Apesar de manifestações
contrárias à presença de ambulantes no calçadão, a maioria dos presentes que se
manifestaram sobre a questão entendem que o principal problema são os
vendedores ambulantes irregulares, pois estes não são licenciados pela Smic
(Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio), responsável por
cadastramento e fiscalização, podendo, por exemplo, recolher equipamentos, até
que o ambulante se regularize. Já a Vigilância Sanitária cuida da questão
sanitária, sendo uma de suas atribuições recolher alimentos que podem causar
risco à saúde. Por isso, é fundamental que os dois órgãos atuem conjuntamente,
conforme explicou Paulo Jardim, da equipe de Fiscalização de Alimentos. “Se
trabalharmos de forma independente, não funcionará muito bem”, disse.
Dos moradores partiu a sugestão
de que os ambulantes regularizados utilizem alguma identificação bem visível em
seu equipamento para que os consumidores se sintam mais seguros para adquirir
os produtos. Também foi lembrado que o calçadão não deve ser utilizado para
exposição de produtos, como toalhas, obstruindo a passagem das pessoas.
Sobre esta questão, a Smic
informou que uma das alternativas é realizar rondas de forma mais efetiva no
bairro.
- Venda de bebidas alcoólicas a menores
Outra queixa dos moradores
presentes é o fato de alguns bares estarem vendendo bebidas para menores, o que
está, segundo a Smic, sendo combatido juntamente com a Promotoria da Infância e
da Juventude. É fundamental, conforme a secretaria, que a comunidade denuncie
esta irregularidade.
- Fiscalização de brinquedos na orla
Foi manifestada preocupação em
relação a brinquedos na orla do Guaíba, como piscina de bolinhas, cama elástica
e castelinho. Foi prometida a fiscalização para verificar se são regulares e se
garantem a segurança das crianças que o utilizam.
- Criação de espaço de lazer e cultura
Quanto à proposta de fechar um
trecho da Avenida Guaíba para a realização de atividades culturais e feira de
artesanato, por exemplo, primeiramente será necessária verificação junto à
EPTC. Posteriormente, haverá necessidade de licenciar quem vai ocupar o espaço
e trabalhar no local.
- Projetos esportivos na praia
Uma das sugestões da reunião foi
a de trazer atividades esportivas para a orla do Ipanema, incentivando o
morador a voltar a frequentar a praia.
- Novos bancos no calçadão
Outra questão importante para os
frequentadores da orla são os bancos. Foi relatado que, durante brigas de
gangues, na madrugada, alguns bancos são usados como armas. O vice-prefeito
Sebastião Melo sugeriu a terceirização como opção. “Quem sabe até bancos com
encosto”, sugeriu.
- Poda de árvores gera polêmica
Uma reclamação sobre poda de
árvores em época do ano incorreta, alertando a Smam para ter este cuidado em
relação ao momento certo, gerou polêmica. Outro morador, considerando que o
pedido era para que a poda não fosse realizada, reclamou, dizendo que a limpeza
na orla dava mais segurança, pois como muita vegetação, fica facilitado para os
meliantes se esconderem.
- Preocupação com oferendas nas areias da praia
Uma das preocupações manifestadas
durante a reunião foi quanto às oferendas aos orixás, na orla de Ipanema, que
podem atrais animais como ratos para a orla, trazendo o risco de doenças. Além
disso, o Dia de Oxum, 8 de dezembro, foi utilizado com exemplo dos problemas
que podem ocorrer. Com a superlotação da praia, além do excesso de oferendas, é
comum moradores terem sua saída de carros bloqueada por um veículo estacionado
em local impróprio.
Em relação a esta questão, o
vereador Delegado Cleiton trouxe uma boa notícia: a proposta de um parque
ecológico onde integrantes de religiões de matriz africana possam fazer suas
oferendas.
- Famílias em situação de risco às margens do Arroio
Capivara
Um dos momentos de grande emoção
da reunião foi o que tratou da questão das 40 famílias que vivem em situação de
risco às margens do Arroio Capivara, entre o Parque Ipanema e Avenida
Tramandaí. “Ninguém sabe o que a gente enfrenta ali. A gente não quer viver
deste jeito. O que nós queremos é ter uma vida descente, começar de novo...
Tentem nos ajudar a resolver este problema”, disse Tatiana, uma das moradoras,
entre lágrimas.
Há três anos, o Demhab
(Departamento Municipal de Habitação) ofereceu aluguel social para as famílias,
mas estas não aceitaram por medo de não ter solução antes de terminar este
benefício e ficarem sem moradia. Quanto ao receio de não terem onde morar, o
secretário adjunto da Secretaria Municipal de Governança Local, Carlos Siegle,
tranquilizou os moradores presentes dizendo que ninguém será retirado do local
enquanto não houver uma solução definitiva e quem na sua opinião, o assunto
merece uma reunião específica. “Já existe uma demanda específica na Região Sul
para atender prioritariamente moradores de áreas de risco, inclusive do
arroio”, explicou Siegle.
- Animais na beira da praia
Referente à sugestão de que os
locais para andar com os animais na praia não sejam os mesmos que as crianças
utilizam, para evitar doenças, o secretário Zacher informou que é possível
trabalhar esta questão na Smov.
- Instalação de lombadas na Avenida Guaíba com
Osvaldo Cruz
Para esta sugestão, que objetiva
reduzir a velocidade na via, Carlos Pires, da EPTC, informou que, após estudo, será
executado se realmente houver necessidade, dentro dos índices que o Contran
considera adequados.
- Lombadas mal iluminadas
Moradores reclamaram da falta de
iluminação nas áreas onde estão as placas indicativas das três lombadas da
Avenida Coronel Marcos. É comum, por não enxergar as placas, que motoristas
passem em alta velocidade pelas lombadas à noite.
- Falta de sinaleiras e faixas de pedestres
Foi relatada a falta de semáforo
na Avenida Tramandaí com a Rua Manoel Leão, o que causa problemas de tráfego de
veículos, especialmente nos horários de entrada e saída de alunos da Escola
Marista Ipanema. “Minha filha está na escola há seis anos e até hoje não tem
sinaleira”, destacou uma moradora do bairro.
O representante da EPTC, Carlos Pires, informou que o semáforo depende
de uma mudança a ser feita no portão da escola.
Já o morador Edgar Morin sugeriu
a utilização de mais sinaleiras, do tipo que o pedestre aperta quando precisa
atravessar, para evitar o recurso das lombadas, que deixa o trânsito mais
lento. Um dos pontos críticos, segundo
Anadir Alba, é na Avenida Coronel Marcos, em frente ao Ipanema Sports, que já
solicita há anos sinaleira no local, que recebe cerca de 500 pessoas por dia.
Astélio dos Santos, por sua vez,
destacou a inexistência de faixas de pedestres em um trecho de dois
quilômetros, entre a Avenida Osvaldo Cruz, no Ipanema, e o Parque Guarujá. “Estamos
avaliando as travessias de pedestres e lombadas neste trecho, se precisar”,
informou Carlos Pires, da EPTC, em resposta.
- Necessidade de fiscalização permanente da EPTC
Para moradores que se
manifestaram na reunião, as ações da EPTC realizadas no bairro desde abril
devem continuar, para que os baderneiros não retornem ao Ipanema para cometer
as mesmas irregularidades antes verificadas.
- Reativação do Parque Ipanema
Conselheira da região no Conselho
Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental, Anadir Alba informou que já
foi encaminhado ao órgão estudo para reativação do Parque Ipanema, no final da
Avenida Cavalhada. A área, que já foi um local de intensa atividade esportiva,
hoje só não está completamente abandonada porque o CTG Descendência Farrapa
está sediado no local.
- Problemas de trânsito na Déa Coufal com a Tramandaí
O cruzamento da Rua Déa Coufal
com as avenidas Coronel Marcos e Tramandaí é um dos locais de maior lentidão no
trânsito. A comunidade pede alterações no local.
- Aumento da prostituição
Segundo alguns moradores, a
prostituição está aumentando nas imediações do calçadão, além do número de
“afrontas” das profissionais do sexo. Relatos de pessoas peladas na rua e de
preservativos usados jogados em calçadas e pátios são comuns. O capitão Fábio,
da Brigada, lembrou que a única prostituição que é crime no Brasil é a de
crianças e adolescentes de até 17 anos, mas que se maiores de idade “estiverem
em ato obsceno, a BM pode ser chamada e agir”.
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