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“A causa animal é um sentimento que mexe com as pessoas”


Nesta entrevista para O Jornalecão, Lourdes Sprenger, primeira vereadora eleita pela causa animal em Porto Alegre, fala de suas bandeiras de luta como protetora e da importância do trabalho de ativistas e ONGs e voluntários, além de sua participação como cidadã moradora da Zona Sul.


O Jornalecão: Sua relação com a cidade começa pela Zona Sul?
Lourdes Sprenger: Sou moradora da Zona Sul há 35 anos. É uma relação madura e proativa com o bairro. Participo da associação de moradores e dou atenção como cidadã às demandas locais. Temos uma feira do livro que, a cada ano, cresce em número de visitantes; trabalhamos em conjunto na questão das áreas de servidão; conseguimos manter o posto de saúde da Tristeza funcionando, enquanto se realizava a sua reforma; agora, por exemplo, estou preocupada com um aspecto do Programa Integrado Sócio Ambiental (PISA), que não contemplou com saneamento (esgoto) os moradores da chamada Vila dos Pescadores (que vai do Clube Veleiros até o quartel dos Bombeiros, no bairro Vila Assunção), cujos dejetos estão sendo despejados sem tratamento no Guaíba. Isto significa continuidade de parte da poluição. Segundo a Prefeitura, até 2030.

O Jornalecão: E quanto à sua opção como protetora de animais...
Lourdes Sprenger: A causa animal é algo que emociona. É um sentimento que mexe com as pessoas. Gosto muitíssimo de animais. Crio seis cães e três gatos em casa. Também mantenho um cão numa clínica particular e, no momento, apadrinhamos um grupo de 16 cães para doação. Mas nossa tarefa constante é também facilitar as adoções, providenciando castrações, vacinas, alimentação...

O Jornalecão: Quais são seus próximos passos dentro da área política e da causa animal?

Lourdes Sprenger: Meu foco é exercer o papel de vereadora de Porto Alegre. Repito: estou política (minha profissão é auditora contábil) neste momento da minha vida para servir à cidade. Mas reconheço que o campo da causa animal é muito abrangente e que há tarefas a serem executadas no âmbito estadual e federal. Por exemplo: precisamos modernizar e atualizar os programas que recebem repasse de verbas públicas. Nestes programas precisamos incluir a esterilização. Isto quer dizer: mais controle populacional de animais de periferia. Falo de uma atualização que passa pela aprovação do novo Estatuto dos Animais, que está tramitando na Câmara Federal. São novas políticas de bem estar animal que vão auxiliar aos municípios.

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