A história pioneira do SABIdo e do Colméia foram resgatadas
por Hélio Ricardo Alves, morador do bairro Ipanema, que anunciou no Colméia e
guardou dois exemplares, o número 1 e o número 6. Em um deles, o editor Odemar
Ferlauto, um verdadeiro pioneiro da comunicação local, faz referência ao
SABIdo, explicando que a proposta seguia o que já era feito em 1954 em
benefício dos moradores de Ipanema.
Os dois exemplares guardados por mais
de décadas resgatariam 30 anos até então desconhecidos da trajetória dos
jornais de bairro. A partir deles foi possível comprovar que o hábito da
comunidade se retratar por um jornal feito por seus moradores já era prática
desde 1954. As páginas do Colméia que resistiram ao tempo mostram nas edições
de 1967 as mesmas características das publicações dos jornais de bairro
fundados muitos anos depois e que hoje servem de base para que comemoremos os
60 anos do primeiro jornal de bairro de Porto Alegre.
O senhor Hélio hoje já é falecido, mas naquela época
arquivava o que considerava importante para pesquisar e escrever sobre o bairro
Ipanema, o que passou a fazer com mais intensidade quando se aposentou. Ao
saber que a história dos 15 anos dos jornais de bairro em Porto Alegre seria o
tema do trabalho de conclusão de curso de Jornalismo de Gustavo Cruz da
Silveira, editor de O Jornalecão, do qual era colaborador e assinante, se deu
conta de que tinha em mãos uma informação que poderia ser importante para a
história da comunicação na cidade.
A revelação de Hélio Ricardo Alves também tornou possível
localizar e conversar com o fundador do SABIdo e do Colméia, Ferlauto, com
leitores dos jornais e, também, com quem estava na época à frente da SABI, que
permanece em atividade até hoje na mesma sede, na Avenida Guaíba esquina com a
Rua Engenheiro Coelho Parreira, reconhecida agora como o berço dos jornais de
bairro porto-alegrenses.
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