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EPTC apresenta proposta para ônibus rápido e estudo sobre aeromóvel para a Zona Sul

                                                                                                                                      Gustavo Cruz
Engenheiro Luís Cláudio Ribeiro, da EPTC, falou sobre a possibilidade
de a Zona Sul contar com aeromóvel no futuro

O coordenador do MetrôPoa e do Sistema BRT, engenheiro Luís Cláudio Ribeiro, representou a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) em apresentação dos projetos aos moradores da Zona Sul, realizada durante reunião do Fórum Regional de Planejamento 6 (RP6), que engloba as regiões Sul e Centro-Sul do Orçamento Participativo (OP), na noite de 17 de junho, no salão paroquial do Santuário de Nossa Senhora das Graças,  bairro Tristeza. Moradores de outras regiões da região, da RP5 e da RP8, também participaram do encontro. Entre os assuntos da pauta de Mobilidade Urbana estavam o BRT Zona Sul e Linhas Alimentadoras - apresentação do planejamento das obras em execução e prevista do BRT Zona Sul, seu itinerário, estações, terminal do Cristal e linhas alimentadoras da  região; informe sobre o andamento dos estudos do aeromóvel para a Zona Sul, de acordo com o projeto entregue pela Trensurb. Após a apresentação, foi a vez de os participantes fazerem perguntas ou apresentarem sugestões.
Com apresentação de slides, Ribeiro tratou do diagnóstico da mobilidade, mostrando a configuração atual das redes urbanas e metropolitanas, com cerca de 30 mil ônibus acessando a área central a cada dia, e falou sobre as obras viárias que a Prefeitura está executando no momento e que fazem parte de um projeto operacional para mudança gradativa, atualmente em sua primeira etapa. Ao apresentar detalhes sobre a implantação do Bus Rapid Trasit (BRT), que conta com financiamento federal para as cidades-sede da Copa do Mundo e promete modificar a cara do transporte de passageiros em Porto Alegre, mostrou as diferenças entre veículos de piso alto (modelo de Curitiba) e piso baixo (adotado por Porto Alegre), além de ilustrações das futuras estações do BRT e mapas dos estudos realizados.
Apesar de não fazer previsão de datas, o engenheiro explicou que serão necessários muitos anos para concluir toda a operação e detalhou seis etapas do projeto, que incluem corredores de ônibus nas avenidas Padre Cacique e Tronco e novos terminais no Cristal e na Azenha, além de estações de parada com mobiliária fechado, incluindo portas automáticas para entrada e saída de passageiros. A implantação de linhas diretas, a maior frequência de horários (mesmo com a redução do número de linhas), a melhoria da acessibilidade, a redução do tempo de viagens, o aumento do conforto e da segurança pública, a qualificação urbana de eixos viários foram algumas das vantagens apontadas em relação ao BRT. Mas Ribeiro destacou a necessidade de duplicar vias importantes da Zona Sul paralelamente.
Em relação ao projeto de trazer o aeromóvel para a Zona Sul, o representante da EPTC apresentou mapas com o um possível traçado da Rodoviária até o Cristal, com estações em pontos como Gasômetro, Memorial Iberê Camargo, Estádio Beira-Rio e shoppings Praia de Belas e Barra. Ele explicou que este estudo de traçado feito e custeado pela Trensurb foi feito para que a Prefeitura possa viabilizar a contratação de um projeto, se houver viabilidade financeira. Há ainda a proposta de ampliar a linha até a Avenida Juca Batista, passando por bairros como Tristeza e Ipanema. “A Prefeitura não gastou nada com este estudo”, enfatizou. Ribeiro destacou, ainda, que este sistema de monotrilho garante maior conforto e eficiência no cumprimento de horários, mas tem alguns pontos críticos, como poucas estações e custos mais elevados.
Com a entrada na pauta do aeromóvel para a região, moradores presentes demonstraram preocupação em relação à implantação do transporte hidroviário na região, que atualmente vem até o bairro Cristal (mas a comunidade pede que vá até Belém Novo ou Lami), por receio de que esta modalidade de transporte, mais barata, seja deixada de lado em função deste novo projeto. O engenheiro procurou tranquilizar os presentes dizendo que os projetos são independentes e um não impede a implantação do outro. “O que está faltando é um projeto hidroviário que inclua também outras cidades”, lembrou Ribeiro, que considera que o motivo de o transporte pelo Guaíba não estar em operação no sul da cidade pode ser falta de demanda ou porque “nunca foi dada muita importância pela característica do transporte” em Porto Alegre.
Os moradores presentes também trouxeram à tona outras questões preocupantes no trânsito da Zona Sul, como a lentidão do trânsito na Wenceslau Escobar, causada pelo aumento do número de veículos; a necessidade de duplicação de avenidas de grande fluxo, como a Coronel Marcos e a Vicente Monteggia; falta de horários de ônibus durante a madrugada; estacionamento em fila dupla na Avenida Padre Cacique em dias de eventos; a poluição visual caso o aeromóvel tenha confirmado seu traçado pela orla do Guaíba; e a necessidade de tirar do trânsito veículos sem as mínimas condições de trafegar nas vias da cidade.

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