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Há 20 anos em O Jornalecão – Agosto 1994

Texto publicado na edição de Agosto/1994 de O Jornalecão

O esbulho de Ipanema

O bairro Ipanema é palco de flagrante “esbulho social” em sua área mais nobre, a praia. Com efeito, somente metade da praia, aquela que começa na Rua Déa Coufal para a esquerda, está entregue ao povo, que agora usufrui do calçadão, da ciclovia, dos chuveiros e antegoza a expectativa de despoluição do Guaíba e a construção de diversas obras de arte destinadas ao público. Mas, aquela outra metade, da Déa Coufal para a direita, tem sido respeitada pelo poder público como direito adquirido à praia particular, pertencente aos proprietários cujos terrenos chegam até a praia. (...) Por que a praia de Ipanema não é acessível desde seu começo (Pedra Redonda / Morro do Sabiá) é a indagação político-jurídica centenária que o direito de cidadania autoriza cobrança. Toda praia é do povo!
(Trecho da opinião do advogado Ney Soares de Oliveira, então presidente da Associação dos Moradores do Bairro Guarujá – AMBG, publicada na Voz do Leitor em agosto de 1994)

Nota do editor: Em recente reunião realizada na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam), sobre a revitalização do Parque Guarujá Zeno Simon (leia na página 5), representantes de entidades da Zona Sul de Porto Alegre apresentaram a proposta da ampliação do calçadão de Ipanema, como contrapartida pela construção de um loteamento na Avenida Coronel Marcos, a fim de possibilitar à população o acesso ao trecho da orla entre as ruas Déa Coufal e Manoel Leão. Como podemos observar no texto acima, a acessibilidade da orla para todos os cidadãos já era preocupação há mais de 20 anos.

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