Cleiton Freitas
vereador de Porto Alegre
e delegado de Polícia
Desde muito tempo se fala que educação
é o único meio de resgatar cidadania e possibilitar um protagonismo, no qual
cada um possa fugir da tentação de se tornar massa de manobra. Hoje, não mais,
como antigamente, para questões políticas, mas sim para alimentar esta
sociedade consumista e superficial, ingressando em um mundo artificial que cede
às tentações que o submundo do tráfico oferece e a sua total falta de valores e
princípios.
Concordo com o ex-presidente
uruguaio quando diz “em casa se aprende a: cumprimentar, agradecer, ser limpo,
honesto, correto, pontual, ser solidário, respeitar os semelhantes, mastigar
com a boca fechada, não roubar, não mentir, cuidar das suas coisas e das dos
outros, ser organizado. Na escola se aprende: matemática, português, ciências,
geografia e reforço aos valores que nossos pais ensinaram”. Valores e
princípios são as referências que nós, humanos, precisamos para buscar
informações suficientes e necessárias para traçar nossos objetivos e focos para
a vida.
Pensemos que desde uma simples
escolha até importantes decisões são influenciadas pelo nosso nível de
informação/formação e é isto que buscamos com a escolarização. Para esta
escolarização efetiva, precisamos de professores estimulados e atualizados,
democratização do acesso e permanência na escola, universalização do ensino,
atualização dos meios e métodos, modernização de técnicas e recursos.
A escola de tempo integral é a
melhor alternativa para tirarmos nossas crianças das ruas, da exposição ao caos
urbano e a vulnerabilidade que esta guerra urbana está nos submetendo e, assim,
investirmos na formação do ser bem mais humano.
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